fbpx
muralgamer

Dislike nas lives: qual motivo e como encará-lo?

Toda crítica tem um motivo e nós, usuários do Youtube, temos que lidar com elas. Nas lives de videogame que tanto assistimos, dar um dislike ou um like leva apenas um segundo. É o tempo que demora para uma pessoa clicar no botão de “avaliação” de um conteúdo. Ou dá um joinha pra cima (curtir), ou um joinha pra baixo.

Muitos de nós estamos diariamente no Youtube e temos à nossa frente os botões azuizinhos de like e dislike. Acompanhamos a briga eterna entre o “bom” e o “ruim”, o “bem” e o “mal”. Mas nem todos encaram isso da mesma forma… não é mesmo?

Função do like e dislike

O criador do botão like (curtir) e ex-executivo do Facebook, Bret Taylor, explicou, certa vez, o motivo de não haver botão de dislike no Facebook.

Para ele, o botão de dislike representa um desagrado, o que poder trazer consequências infelizes para os usuários e para toda a rede. É justamente o que acontece no Youtube.

Likes e dislikes são uma espécie de “resposta” do público ao criador de conteúdo. Uma forma do youtuber conhecer a reação de quem assiste aos vídeos e avaliar melhor seu conteúdo a partir disso. Mas nem sempre essa possibilidade de dizer se está bom ou ruim é sadia…

Dislike nas lives: onde o bicho pega

Olhando de forma mais objetiva, os likes e dislikes são acionados por um motivo, e acabam sendo uma forma de saber se um vídeo ou uma live foi um “sucesso” ou um “fracasso”. E é justamente aí que o bicho pega. O impacto de um dislike pode ser tão grande que muitos youtubers chegam a desabilitar o mecanismo de contagem de likes e dislikes, de forma a esconder um possível “fracasso”. Essa ocultação poder ser também uma forma de desmotivar o hater.

O ódio é coisa séria

Dislike nas lives muitas vezes vêm de haters e o youtuber precisa saber lidar com a situação.

“Minha live foi invadida por haters”. A frase é mais comum do que a gente imagina. Vira e mexe tem youtuber que reclama da presença de haters em seus vídeos ou em suas lives. Várias vezes seguidas. Pessoas que aparecem ali para avaliá-lo negativamente, ou simplesmente “odiá-lo”.

A coisa pode ser tão séria (não deveria, mas pode ser) que há casos de criadores de conteúdo que piram de verdade com essa história, entrando em uma vibe negativa. Alguns chegam até a adoecer (sofrendo depressão, inclusive).

Arrastão de dislike nas lives

O próprio Youtube tem discutido as políticas de like e dislike e inclusive surgiu, recentemente, o questionamento se não seria melhor abolir o botão de dislike. A alegação era de que os “dislike mobs”, ou seja, os arrastões de dislikes, estavam atrapalhando os criadores de conteúdo, enviesando a avaliação final de um vídeo ou de uma live. Esses arrastões podem partir, por exemplo, de um grupo de haters que combinam um ataque a um canal ou um vídeo.

“Haters vão odiar”. Sempre foi e sempre será assim. É preciso sabedoria e muita paciência para lidar com isso.

Na Steam

Algo parecido acontece com a Steam (plataforma de jogos digitais), mas lá os haters fazem “review bombing”, quando grupos de pessoas propositadamente avaliam mal um jogo, escrevendo reviews negativos sobre ele.

Democracia do dislike

Sobre o Youtube, cogitou-se retirar o botão de dislike, mas aí surgiu o questionamento se isso não iria “ferir a democracia”. Afinal de contas, sem o botão de dislike os usuários não teriam um mecanismo para expressar reprovação ou desagrado por um conteúdo. Até o momento, portanto, o botão de dislike continua ativo.

Outras plataformas de sucesso, como a Twitch.tv, não usam esses botões – justamente para evitar essa “guerra”. Na opinião de muitos usuários, essa é uma grande vantagem em relação ao Youtube. Realmente, se pararmos para analisar, as lives na Twitch são geralmente mais pacíficas, talvez porque a plataforma não ofereça “mecanismos tão abertos” como temos no Youtube.

Motivações do haterismo

Quais os motivos que a pessoa tem para dar dislike nas lives ou vídeo? Como encará-los?

O mundo gira em torno do bem e do mal, então, existem as pessoas boas e as más – e também as que não são exatamente más, mas que estão doentes. Dá pra filosofar horas sobre isso e a discussão pode levar dias, mas sobre nosso assunto aqui podemos simplificar e encarar os dislikes de três maneiras. Não conheço (e nem sei se existem) estudos sobre isso, mas apontarei algumas hipóteses. Vamos a elas:

Motivação comercial

A primeira pode ter motivação comercial: um canal pode atacar outro porque o público de um é o mesmo do outro. E isso representa disputa por views (visualizações), que, por sua vez, representa dinheiro para canais monetizados. Pode acontecer do dono de um canal juntar uma galera para atacar outro canal. Ataques movidos a interesses financeiros, portanto. Uma estratégia comercial suja. Estamos falando em hipóteses e esta é totalmente possível dentro do que conhecemos como capitalismo…

Motivação por desaprovação de conteúdo

A segunda motivação seria desaprovação de conteúdo. Um vídeo mal feito, com imagens ruins ou áudio bugado, por exemplo. Pode acontecer. Em um mundo “perfeito” (utópico), ao invés de dar dislike, o certo seria entrar em contato com o criador de conteúdo e dar umas dicas pra ele. Falar, numa boa, que o que ele faz não está bom… tentar ajudá-lo.

Pode acontecer também do youtuber falar muita asneira (ou coisa que o espectador não concorda) e a galera querer dar uma lição nele, atribuindo um dislike nas lives ou vídeos dele. Mas não seria melhor, em nome da civilidade, simplesmente ignorar e não aparecer mais em seu canal? Parece ser uma boa alternativa contra situações chatas e possivelmente ofensivas…

Motivação por haterismo

A terceira motivação pode ser mais cruel – e a mais grave de todas. Não envolve dinheiro, nem preocupação com conteúdo. Tem a ver apenas com ética e caráter – e às vezes problemas psicológicos. Estamos falando de haters que atacam pelo simples prazer de prejudicar o próximo, de vê-lo sucumbir, desistir. Seja por ciúmes ou por inveja, ou por simples raiva mesmo. A pessoa pode se transformar em hater por pura diversão, sadismo e, não raras vezes, imaturidade. Pode acontecer também da pessoa se transformar em hater como forma de extravasar suas tristezas. Por ter uma vida infeliz, frustrada no emprego ou em casa, na vida pessoal. As desilusões têm muitas facetas! A psicologia pode explicar melhor tudo isso… O pior é que a culpa às vezes nem é totalmente dela! Às vezes o cara sofreu bullying em algum momento da vida, sofreu com a falta de um ente querido, de amigos, etc. – tudo isso pode acontecer!

Conclusão

Antes de mais nada, os likes e dislikes fazem parte do jogo e não são o fim do mundo! São ferramentas que fazem parte de um sistema. Claro que a vida dentro do Youtube imita a vida lá fora, então, temos coisas ruins e coisas más. E sempre podemos minimizar o que é negativo usando a moderação, a tranquilidade e, acima de tudo, a bondade. Se a gente espalhar coisas boas, colhemos coisas boas também!

Valorize as pessoas e os canais bacanas!

Em nosso caso, gostamos de videogame, certo? Temos à disposição muitas lives e vídeos bacanas, de pessoas agradáveis. Pessoas que jogam games geralmente são divertidas. O clima de amizade nos comentários dos vídeos, e nos chats das lives, acabam sendo as “locadoras” de antigamente, onde o pessoal se encontrava para falar de videogame! Temos que valorizar pessoas legais e que não desejam ou praticam o mal aos outros.

Sobre os haters…

É difícil, mas é preciso ajudar as pessoas que “odeiam”, e não devolver ainda mais ódio a elas.

Em relação aos haters, é preciso entender, antes de mais nada, que eles estão em posição de inferioridade. Ninguém se transforma em “odiador” estando de bem com a vida e com si próprio! Pessoas saudáveis e equilibradas simplesmente ignoram aquilo que não as agradam, ou tentam ajudar a consertar o que está errado usando o bom senso e capacidade intelectual. Pode ter certeza: elas não fazem questão de dar dislike em lives e vídeos dos outros e muitos menos frequentam canais que não lhes interessam. Se você, que é dono de canal, recebe dislikes a todo momento, pode ter certeza que o hater não está de bem com a vida, pois se estivesse ela não perderia tempo com você. É preciso sabedoria e muita paciência para lidar com isso.

Saber lidar com a situação

Portanto, todos os usuários do Youtube têm que saber lidar com as situações. É difícil, mas é preciso tentar ajudar as pessoas que querem fazer mal aos outros, e não odiá-los. Se infelizmente os ataques se tornarem insuportáveis e você souber quem está fazendo isso, existem ferramentas para denunciar perfis e, nas lives, por exemplo, há mecanismos de bloqueios. Contra ataques “invisíveis” não dá pra fazer muita coisa… talvez ocultar os números likes e dislikes para desmotivar o(s) hater(s). Diante de tudo isso, a certeza é uma só: os dislike nas lives e vídeos, assim como os haters, sempre existirão, e combater o ódio se faz com inteligência.

Dica

Por fim, uma dica para quem frequenta o Youtube: tente sempre se autoavaliar para saber se você está se portando bem na plataforma. Às vezes um comentário seu, feito até mesmo de forma inocente, pode ofender alguém (nunca se sabe o que está acontecendo na vida das outras pessoas). Tente entender os possíveis motivos do haterismo. Em último caso, denuncie. Não ataque o ódio com ainda mais ódio.

Concorda com o texto? Tem algo a dizer? Fique à vontade para escrever sua opinião aí embaixo, nos comentários do Mural Gamer.

Confira também o artigo O sucesso das lives de videogame, aqui em nosso site.

Até a próxima!

Visualizações:
267
Categorias da Publicação
NOTÍCIAS