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Você chora jogando videogame?

É possível chorar com videogame? Atire a primeira pedra quem nunca derrubou algumas lágrimas (ou até mesmo soltou uma cachoeira pelos olhos) ao ver uma cena emocionante, um final surpreendente ou ao rever um jogo retrô que sempre ficou guardado na memória. Pois é, gamers são de carne e osso e se você nunca fez isso, aconselho colocar óleo nas suas engrenagens, pois possivelmente você é um robô (rs). Tipo Frankenstein.

Será que Chorão jogava videogame?

Lá nos anos 90 eu me emocionei muitas vezes, mas não tenho lembrança de ter chorado. Mas recentemente… tenho que confessar: fiquei meio chorão. A verdade é que a gente vai ficando velho e, à medida que o tempo passa, vamos entendendo certas coisas que nos deixam mais bundões “moles”, se assim podemos dizer.

Seja a vinda de um filho ou a proximidade de uma pessoa especial, ou até um acontecimento triste na vida. Tudo isso acaba mostrando pra gente um “outro lado”, faz a gente enxergar o que não enxergava. Te faz mais maduro. E isso te deixa mais sensível, querendo ou não. E não é coisa de “frutinha”, como alguns mais toscos chamam isso. Eu diria que o aumento da sensibilidade tem algo a ver com a luz da alma, algo transcendental, e que talvez nunca iremos entender. Pelo menos não enquanto estivermos por aqui, neste mundo. Mas este é um papo para outra ocasião…

Lembro que derrubei algumas (muitas) lágrimas jogando Child of Light, há uns 5 anos, mais ou menos, quando zerei o jogo.

Child of Light é um jogo maravilhoso, que parece um poema. A pequena princesa Aurora entra em uma aventura para salvar Lemuria, com a esperança de reencontrar seu pai.

De lá pra cá a choradeira vem acontecendo com certa frequência (rs). Não pude deixar de me emocionar (e chorar), por exemplo, com Ori and the Blind Forest, um “masterpiece” da Microsoft. Ou com Brothers: a Tale of two Sons. Nos jogos retrô, hoje mesmo fiquei arrepiado (e, claro, chorei) ao ver uma espécie de trailer da Sega, que mostrava pequenos trechos de títulos antigos ao som da marcante melodia que acompanha a palavra “SE-GA”. Ao ver aquilo, vieram à mente pequenos recortes de lembrança, como um filme editado em pequenos flashs. Difícil explicar a sensação e como acontece o processo, mas a memória está lá, sendo apaixonadamente acessada e reproduzida em fragmentos.

Ogros também choram.


Se você se acha um ogro e segura o choro quando aquela vontade louca bate à porta, largue mão de ser durão e deixe as lágrimas rolarem. Permita que o queixo trema feito vara verde. Deixe a alma fervilhar. Os jogos de videogame são arte, e arte é afago da alma. A gente precisa disso para viver, para entender o mundo e as pessoas que estão a nossa volta.

Se você leu até aqui e ainda se acha durão e “insensível demais” para isso, fique calmo. Existe um mundo surpreendente e bonito que lhe será revelado na hora certa. Um dia você vai se soltar das amarras, se libertar, se abrir como uma flor. Mesmo que se ache “machão” demais para isso. Às vezes leva tempo, mas é certeza: o amor às vezes se atrasa para se fazer verdadeiramente presente, mas nunca falha.

Se você é fã da Nintendo, da SEGA ou de qualquer outro grande nome dos jogos, não importa: todos os apaixonados por videogame têm um lado eternamente “criança”. Uma parte do ser voltada à coisa lúdica, à inocência da brincadeira. Por mais carrancudo que um gamer possa ser… teimoso, turrão e obtuso. Uma hora a lágrima vai cair. Não tem como fugir. E, por pelos menos alguns minutos, vai voltar a ser criança. A alma pode estar chorando e, mesmo que seja de saudade, vai estar viva e em festa. Como disse antes, jogo de videogame é arte – e arte é vida. Bora viver, pois nossa passagem por aqui é curta. Boas lágrimas a todos. 🙂

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